Ex-senador e ex-ministro não é alvo na 79ª fase da Operação Lava Jato

Marcio Lobão e Edison Lobão Filho são alvos da 79ª fase da Operação Lava Jato.
São três mandados cumpridos no Rio de Janeiro, dois em Brasília, dois em São Luis do Maranhão, dois em São Paulo e um em Angra dos Reis.
Os mandados são cumpridos nos endereços de Márcio Lobão e Edison Lobão Filho, filhos do ex-senador Edison Lobão, que foi ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff (PT). Ele não é alvo da operação desta terça. As ordens judiciais visam apreender mais de 100 obras de arte dos investigados.
Em Sao Luis, agentes da PF e auditores da Receita Federal realizam buscas no Sistema Difusora de Comunicação, que, pertence ao ex-senador Edison Lobão Filho (MDB), está sob controle do senador Weverton Rocha (PDT-MA) )desde as eleições de 2016.
Propinas e lavagem
As investigações apuram fraudes em licitações por meio de pagamento de R$ 12 milhões em propinas a executivos da Petrobras e Transpetro entre 2008 e 2014.
A propina era paga em espécie, e a lavagem do dinheiro acontecia por meio da compra de obras de arte e imóveis.
Uma das transações investigadas foi a compra de um apartamento de alto padrão em 2007 por R$1 milhão e vendido menos de dois anos depois por R$3 milhões, em uma valorização que, de acordo com a PF, não correspondia com as condições do mercado financeiro da época.
Na lavagem de dinheiro com obras de arte, segundo a PF, a diferença entre o valor pago e o declarado variava de 167% a 529%.
Em uma fase anterior da operação, segundo a PF, já foram encontradas obras de arte na casa de um dos investigados que apresentavam variações significativas entre o preço de aquisição declarado e o valor de mercado, em patamares de até 1.300%.